Rio de Janeiro – Um homem foi agredido durante o bloco de Carnaval Marimbondo Não Respeita, que desfilava pela Avenida Franklin Roosevelt, no Centro do Rio de Janeiro, na tarde desta segunda-feira (3). O motivo da agressão foi a exibição de tatuagens que faziam apologia ao nazismo, incluindo suásticas, a sigla SS (referente à polícia do regime nazista) e um Sol Negro, símbolo associado ao governo autoritário de Adolf Hitler.
Testemunhas relataram que o homem, cuja nacionalidade ainda não foi revelada, chamou a atenção dos foliões devido às tatuagens visíveis em seu corpo. Revoltados com os símbolos que representavam o nazismo, alguns participantes do bloco reagiram e agrediram o indivíduo. A confusão foi contida por seguranças e organizadores do evento, que isolaram o homem e o retiraram do local.
A polícia foi acionada e está investigando o caso. Até o momento, não há informações sobre a identidade do homem ou sua nacionalidade, mas suspeita-se que ele seja estrangeiro. As autoridades buscam apurar se ele estava apenas exibindo as tatuagens ou se houve algum tipo de provocação ou discurso de ódio durante o bloco.
Contexto
A apologia ao nazismo é crime no Brasil, conforme previsto na Lei nº 7.716/1989, que define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor. A exibição de símbolos nazistas, como suásticas e a sigla SS, é considerada uma forma de incitação ao ódio e à discriminação, o que pode resultar em punições legais.
O homem agredido foi encaminhado para atendimento médico e deve responder por possíveis crimes de apologia ao nazismo. A polícia também investiga a conduta dos foliões que participaram da agressão, já que a justiça com as próprias mãos também é passível de punição.