Mundo – Nesta quarta-feira (25), um bebê de apenas 18 meses foi violentamente agredido dentro do Aeroporto Internacional de Sheremetyevo, na capital russa. Câmeras de segurança flagraram o momento em que Vladimir Vitkov, de 31 anos, cidadão da Bielorrússia, agarrou a criança pelos braços e a arremessou de cabeça contra o chão, diante de testemunhas em choque.
Segundo informações oficiais, a vítima havia acabado de desembarcar no país com a mãe grávida, em uma fuga desesperada do Irã que envolveu uma perigosa travessia por territórios como o Afeganistão. A mulher, que havia se afastado por instantes para pegar o carrinho de bebê, não presenciou a agressão.
O vídeo da ação, amplamente divulgado nas redes sociais, mostra Vitkov observando atentamente o bebê ao lado de uma mala, certificando-se de que ninguém o observava antes de atacar de forma inesperada. Após o impacto violento, um homem aparece nas imagens correndo em direção à criança, tentando prestar socorro.
A bebê sofreu fraturas no crânio e danos severos à coluna vertebral. Ela permanece internada em coma na Unidade de Terapia Intensiva, com estado de saúde considerado crítico e prognóstico ainda incerto.
A Defensora da Criança da Região de Moscou, Ksenia Mishonova, se pronunciou indignada: “Trata-se de um monstro. Este homem precisa enfrentar o máximo rigor da lei. Uma tragédia dessas é intolerável.”
Vladimir Vitkov foi imediatamente detido pela polícia russa. Exames indicaram que ele estava sob efeito de cannabis, além de portar drogas no momento da prisão. Em depoimento preliminar, não conseguiu apresentar uma motivação clara para o crime, alegando vagamente já ter “cometido erros assim antes”. Investigadores se surpreenderam ao descobrir que o agressor é pai de uma menina da mesma idade da vítima.
O Comitê Investigativo da Rússia abriu um inquérito por tentativa de homicídio e não descarta a possibilidade de o crime ter motivações racistas ou xenofóbicas, visto que a vítima é integrante de uma família refugiada.
“A rápida reação das testemunhas impediu que algo ainda pior acontecesse”, afirmou o comitê.