O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou um decreto que exclui as ações da Eletrobras que estão sob controle do governo do Programa Nacional de Desestatização. A decisão foi publicada no edição desta quinta-feira (17) do Diário Oficial da União (DOU).
A retirada das ações do programa veio após recomendação feita pelo Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) ao governo em junho deste ano e foi atendida por meio deste decreto.
A decisão veio logo após um apagão no sistema de abastecimento elétrico nacional ocorrido na última terça-feira (15). Na ocasião, 25 estados do país foram afetados, incluindo o Amazonas, e, segundo o governo, uma subsidiária da Eletrobras é responsável pela linha de transmissão que apresentou falha.
Privatização
Logo após o apagão, a primeira-dama, Janja da Silva, usou suas redes sociais para associar a privatização da empresa ao apagão. “A Eletrobras foi privatizada em 2022. Era só esse o tuíte”, escreveu, também na terça-feira. O tuíte não soou nada bem, pois a ala bolsonarista e de direita acusou Janja de atribuir a culpa do apagão ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Houve também nesta semana uma troca no comando da empresa. Ivan Monteiro assumiu a posição — antes era ocupada por Wilson Ferreira (que comandou a companhia durante os governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro).
A Eletrobras foi privatizada em julho de 2022, e o presidente Lula critica o modelo do empreendimento desde as eleições. Atualmente, o governo tem pouco mais de 40% das ações da companhia.
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