Governo brasileiro rejeita guerra comercial com EUA

Governo brasileiro rejeita guerra comercial com EUA

BRASIL – O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou nesta terça-feira (11) que o governo brasileiro não entrará em uma guerra comercial com os Estados Unidos, mesmo após a decisão do presidente norte-americano, Donald Trump, de impor uma taxação de 25% sobre as importações de aço e alumínio. A medida, oficializada na segunda-feira (10), deve impactar diretamente o Brasil, que é o segundo maior fornecedor de aço e ferro para os EUA.

“O governo não fez nenhuma discussão em relação a isso. O presidente Lula tem dito sempre, com muita clareza, que guerra comercial não faz bem para ninguém. Um dos avanços importantes que tivemos é exatamente o diálogo com os países”, declarou Padilha em conversa com jornalistas. O ministro reforçou que o Brasil não estimula conflitos comerciais e sempre buscará fortalecer o livre comércio.

A decisão de Trump surge em um momento em que o Brasil nunca teve uma participação tão significativa no mercado norte-americano. Em 2024, os Estados Unidos compraram US$ 4,677 bilhões (cerca de R$ 27 bilhões) em produtos brasileiros do setor de “Aço e Ferro”. A taxação, portanto, pode representar um desafio para as exportações brasileiras, mas o governo optou por não retaliar e manter o foco no diálogo.

Padilha destacou que o Brasil sempre será favorável ao fortalecimento do livre comércio e à resolução de disputas por meio de negociações. “O Brasil não estimula e não entrará em nenhuma guerra comercial. Sempre seremos favoráveis para que se fortaleça, cada vez mais, o livre comércio”, completou o ministro.

A postura do governo brasileiro reflete a estratégia do presidente Lula de evitar medidas protecionistas e buscar soluções diplomáticas para conflitos comerciais. Enquanto outros países podem considerar retaliar as medidas de Trump, o Brasil optou por reforçar sua defesa do multilateralismo e do diálogo como ferramentas para superar desafios econômicos globais.

A decisão de não entrar em uma guerra comercial com os EUA também sinaliza a intenção do governo de manter relações estáveis com um dos seus principais parceiros comerciais, mesmo diante de medidas que podem afetar setores estratégicos da economia brasileira. Agora, o foco será buscar alternativas para minimizar os impactos da taxação e fortalecer a presença do Brasil no mercado internacional.

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