O Google confirmou nesta semana, durante o Snapdragon Summit 2025, que o Android e o ChromeOS serão unificados em uma única plataforma. A iniciativa faz parte do Project Aluminium e deve envolver principalmente notebooks equipados com os novos chipsets da Qualcomm.
“No passado, sempre tivemos sistemas muito diferentes entre o que construímos em PCs e o que construímos em smartphones, e estamos trabalhando para combinar isso”, afirmou Rick Osterloh, vice-presidente sênior de dispositivos e serviços do Google.
“E acho que esta é outra maneira de aproveitarmos todo o excelente trabalho que temos feito juntos em nossa pilha de IA: trazer os modelos Gemini, nosso assistente, além de toda a comunidade de aplicativos e desenvolvedores para o domínio do PC”, completou o executivo.
Uma fusão aguardada há anos
A união entre o Android e o ChromeOS é especulada há muito tempo. Projetos como o Fuchsia chegaram a levantar a expectativa de que o Google trabalhava nessa integração, mas acabaram surgindo em outros contextos, como dispositivos inteligentes. Em julho deste ano, Sameer Samat, presidente do ecossistema Android, já havia confirmado os planos de fusão, sem dar maiores detalhes.
Agora, com a confirmação oficial, a iniciativa pode representar um passo importante para reforçar a presença do Google no mercado de sistemas operacionais. O ChromeOS domina milhões de notebooks de baixo custo e ambientes educacionais, enquanto o Android segue como o sistema mobile mais popular do mundo.
Impactos no ecossistema do Google
A integração abre caminho para um ambiente unificado de aplicativos, dispositivos e usuários. O Android já evoluiu para além dos celulares, rodando em tablets e dobráveis com funções cada vez mais próximas a de um computador, como janelas múltiplas e Barra de Tarefas. Ao juntar as plataformas, o Google poderá oferecer uma experiência consistente tanto em PCs quanto em dispositivos móveis.
A Qualcomm terá papel fundamental nessa nova fase, mas, por enquanto, nem a fabricante nem o Google detalharam como será essa colaboração. O resultado final deve ser apresentado ao longo de 2026, segundo Sameer Samat.
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