Mundo – Neste domingo (20), o furacão Oscar fez sua passagem pelo leste de Cuba, resultando em ao menos seis mortes, conforme confirmado pelo presidente Miguel Díaz-Canel. A tempestade, classificada como um furacão de categoria 1, trouxe ventos máximos sustentados de 120 km/h, o que, apesar de ser considerável, foi menos devastador do que os ventos superiores a 190 km/h do furacão Milton, que atingiu a Flórida há duas semanas.
Oscar fez seu primeiro contato com a ilha na província de Guantánamo, onde causou danos significativos antes de perder força e se transformar em uma tempestade tropical. O impacto do furacão ocorre em um contexto crítico, já que Cuba enfrenta um grave apagão energético. Desde quinta-feira (17), o presidente cubano havia declarado que a ilha estava em “emergência energética”, devido a dificuldades na aquisição de combustível para as centrais elétricas, exacerbadas pelo embargo imposto pelos Estados Unidos desde 1962.
A situação nas principais cidades, especialmente em Havana, era alarmante. No sábado (19), a maior parte da capital estava às escuras, com exceção de alguns hotéis e hospitais que contavam com geradores de emergência, além de algumas residências particulares que também tinham esse tipo de equipamento.
As autoridades cubanas agora enfrentam o desafio não apenas de restaurar a energia, mas também de lidar com os estragos causados pelo furacão e oferecer assistência às comunidades afetadas. A combinação de um furacão e a crise energética intensifica a vulnerabilidade da ilha, colocando à prova a resiliência de seu povo diante de mais uma calamidade.