Há alguns dias, a Força Espacial dos Estados Unidos (USSF) anunciou que estabeleceu uma unidade dedicada para identificar, interromper ou ‘derrubar’ satélites de nações inimigas. Durante uma cerimônia de ativação realizada na base de operações Peterson Space Force Base, nos EUA, foi anunciado o 75º Esquadrão de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (ISRS) da USSF.
De acordo com o tenente-coronel que lidera o esquadrão, Travis Anderson, a idealização da nova unidade é uma ideia há bastante tempo, contudo, só começou a ser ‘colocada no papel’ há aproximadamente quatro anos. A missão do 75º ISRS é fazer análise, desenvolvimento e engajamento de alvos; os alvos incluem satélites, estações terrestres ou sinais intermediários — comumente, o termo engajamento de alvo é usado para se referir a interrupção ou destruição de um alvo inimigo.
Segundo o comunicado da USSF, o objetivo principal do esquadrão não é exatamente destruir satélites inimigos, mas realizar análises avançadas sobre um alvo de outra nação. Caso o adversário apresente algum perigo, a Força Espacial pode chegar ao ponto de engajamento de alvo.
A imagem apresenta o ‘patch’ da unidade; o novo esquadrão protegerá os Estados Unidos contra forças de nações adversárias.
Fonte: USSF “O 75º ISRS realiza análises avançadas sobre as ameaças da força espacial adversária e da força antiespacial, juntamente com suas arquiteturas associadas. Forças espaciais são capacidades espaciais usadas por um país para facilitar seu combate conjunto. As forças antiespaciais, também chamadas de forças de ataque espacial, são capacidades espaciais projetadas para negar aos Estados Unidos a capacidade de usar nossos sistemas de satélite durante o conflito”, disse Anderson.Força Espacial dos Estados Unidos
Anderson explica que o esquadrão analisará as capacidades antiespaciais das nações adversárias; ou seja, forças adversárias que podem impedir que os Estados Unidos utilizem seus próprios satélites. De qualquer forma, é importante destacar que a USSF não descreveu quais tipos de equipamentos serão utilizados pelo 75º ISRS.Segundo a sargento mestre e superintendente de operações do 75º ISRS, Desiree Cabrera, o esquadrão é a primeira unidade de direcionamento que será dedicada a apoiar as missões da Força Espacial dos Estados Unidos. Durante a cerimônia, também foi revelado o ‘patch’ da unidade: uma versão caricata do Grim Reaper (ceifador em português), uma figura esquelética conhecida por ir buscar as pessoas no momento da morte.“Não apenas estamos defendendo o único esquadrão de alvos da Força Espacial dos EUA, como também estamos mudando a maneira como o alvo é feito em toda a comunidade conjunta quando se trata de espaço e guerra eletromagnética”, explica Cabrera.
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