Esporte – Em entrevista ao ex-jogador e senador Romário, exibida nesta quinta-feira (16) em seu canal no YouTube, Neymar admitiu que teve problemas de relacionamento com o atacante francês, especialmente após a chegada de Lionel Messi ao time.
— O Mbappé não é chato. Tive meus problemas com ele, uma briguinha. No início, ele foi fundamental para mim. Eu o chamava de Golden Boy, brincava, ajudava, conversava. Ele ia à minha casa. Tivemos bons anos de parceria. Mas, quando o Messi chegou, acho que ele ficou um pouco enciumado, parecia não querer me dividir com ninguém. Foi aí que começaram as brigas e as mudanças de comportamento — revelou Neymar.
Ego no PSG: o maior inimigo do time dos sonhos
Neymar também comentou sobre as dificuldades do PSG em conquistar títulos de grande relevância, apesar de ter um trio ofensivo composto por ele, Messi e Mbappé. Para o brasileiro, o principal problema foi o ego exacerbado entre os jogadores.
— Ego é bom, mas é preciso saber que você não joga sozinho. Tem que contar com o outro cara ao lado. No PSG, o ego era de quase todo mundo. Não tem como dar certo. Se ninguém corre e ninguém se ajuda, é impossível ganhar alguma coisa — analisou.
Lesões e a Bola de Ouro perdida
Apesar dos conflitos, Neymar afirmou que viveu seu melhor momento como jogador no PSG, mas lamentou que as lesões tenham impedido uma conquista pessoal maior.
— Meu auge foi no PSG. Jogando do jeito que eu estava lá, com certeza eu seria Bola de Ouro. Mas as lesões me prejudicaram muito. É claro que todo jogador quer ser Bola de Ouro, mas não é algo que vai acabar com a minha vida — explicou.
Lembranças do Barça: apoio de Messi nos tempos difíceis
Neymar também relembrou sua chegada ao Barcelona e como Messi o ajudou a superar o período de adaptação ao futebol espanhol.
— Cheguei ao Barça com 21 para 22 anos. Depois da Copa das Confederações, eu não me via confiante para jogar ali. Foram seis meses sem conseguir driblar ninguém. Teve um jogo contra o Athletic Bilbao, fui para o intervalo chorando de tanta raiva. O Messi bateu na porta do vestiário e perguntou por que eu estava chorando. Ele falou que estava ali para me ajudar e que era para eu jogar meu futebol, como no Santos, sem pressão. Aquilo me deu muita confiança — contou o atacante.
O futuro de Neymar
Atualmente no Al-Hilal, Neymar segue como um dos grandes nomes do futebol mundial, mas seu futuro no clube ainda é incerto. Segundo o técnico Jorge Jesus, a situação do brasileiro na liga saudita “não é fácil”. Apesar disso, a principal expectativa em torno do jogador é que ele volte a atuar em alto nível e recupere a forma que o tornou um dos maiores de sua geração.
Com novos desafios pela frente, Neymar segue no centro das atenções, com a promessa de que ainda tem muito a mostrar no futebol.