Manaus (AM) – A Operação Mandrágora desvendou um crime estarrecedor: a empresária e ex-sinhazinha do Boi Garantido, Djidja Cardoso, foi torturada até a morte pela própria mãe, Cleusimar Cardoso. Djidja faleceu no dia 28 de maio, na casa onde residia, na Zona Norte de Manaus.
De acordo com o delegado Cícero Túlio, do 1° Distrito Integrado de Polícia, Djidja, que inicialmente era uma das líderes da seita ‘Pai, Mãe e Vida’, tornou-se vítima após ficar debilitada. “Vários registros encontrados em aparelhos eletrônicos mostram Djidja debilitada, em estágio quase terminal, recebendo tortura da própria mãe, o que resultou em sua morte. Há vários abusos de Cleusimar contra Djidja”, afirmou o delegado.
Mesmo com a filha em estado grave, Cleusimar não procurou assistência médica, o que agravou a situação. Ela foi indiciada por tortura com resultado de morte e outros treze crimes.
A Operação Mandrágora também revelou um esquema criminoso que promovia cultos religiosos utilizando entorpecentes. O grupo, liderado por Cleusimar, planejava montar uma clínica veterinária para facilitar o acesso a medicamentos de uso controlado e fundar uma comunidade para manter os trabalhos doutrinários da seita.
Além de Djidja e Cleusimar, o esquema envolvia Ademar Cardoso e Bruno Rodrigues, irmão e namorado da ex-sinhazinha, respectivamente. Também foram implicados os funcionários Claudiele Santos da Silva, Verônica da Costa Seixas e Marlisson Vasconcelos Dantas.
O envolvimento dos funcionários foi comprovado por meio de vídeos e conversas em aplicativos de mensagens obtidos em seus celulares.
A operação revelou a extensão e a gravidade das atividades da seita, destacando a manipulação e os abusos sofridos pelos membros. As autoridades continuam a investigação para garantir que todos os envolvidos sejam responsabilizados pelos crimes cometidos.