Mundo – A diretora do Serviço Secreto dos EUA, Kimberly Cheatle, anunciou sua renúncia enquanto o órgão revisa falhas de segurança relacionadas à recente tentativa de assassinato do ex-presidente Donald Trump, conforme fontes informaram à CNN.
Sua saída ocorre em um momento em que legisladores americanos e um órgão de fiscalização interna estão avançando nas investigações sobre como a agência gerenciou a proteção de Trump e sobre como um atirador quase conseguiu matar o candidato republicano de 2024 durante um comício na Pensilvânia neste mês.
Houve pedidos bipartidários no Congresso para sua demissão, além de pressão dos legisladores republicanos para seu impeachment.
Os legisladores expressaram grande frustração após a audiência pública nessa segunda-feira (22), onde Cheatle compareceu ao Comitê de Supervisão e Responsabilidade da Câmara e se mostrou relutante em responder a várias perguntas do comitê.
Após o tiroteio, Cheatle havia afirmado firmemente que não renunciaria. Ela havia sido nomeada pelo presidente Joe Biden para liderar o Serviço Secreto em 2022.
Em uma entrevista à CNN na semana passada, Cheatle declarou que a agência era “a única responsável” pelo planejamento e execução da segurança no local do comício na Pensilvânia, onde o atirador, agora falecido, disparou contra Trump de um telhado desprotegido a poucos metros do palco.
As balas quase atingiram a cabeça de Trump, e o acidente resultou na morte de um participante e em ferimentos a outros.
Com a revelação de mais informações sobre a tentativa de ataque, o Serviço Secreto enfrentou questionamentos sobre a proteção de Trump naquele dia, incluindo a falha em controlar o acesso ao telhado e a forma como a agência lidou com as informações fornecidas pelas autoridades locais antes do tiroteio, que identificavam o suspeito como alguém agindo de forma suspeita no local do comício.
O Serviço Secreto e as autoridades policiais da Pensilvânia, que auxiliaram na segurança do evento, apresentaram relatos divergentes sobre o que ocorreu e quem foi responsável pelos lapsos.
Cheatle trocou seu cargo de gerente de Segurança Global na PepsiCo para se tornar diretora do Serviço Secreto. Antes de sua experiência no setor privado, ela teve uma carreira de 27 anos no Serviço Secreto.