Brasília (DF) – Neste sábado (8), com o voto da ministra Cármen Lúcia, a Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) formou a maioria para tornar réus os deputados Josimar Maranhãozinho (PL-MA) e Pastor Gil (PL-MA), além do suplente de deputado Bosco Costa (PL-SE), por corrupção no uso indevido de emendas parlamentares.
Juntamente com Cármen Lúcia, os ministros Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin, que é o relator do caso, também votaram a favor de acolher a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que acusa o trio de exigir uma propina de 25% dos recursos destinados ao município de São José de Ribamar, na Região Metropolitana de São Luís, capital do Maranhão.
Os parlamentares negam envolvimento em qualquer irregularidade no direcionamento dos recursos e suas defesas solicitaram ao STF o arquivamento da denúncia por falta de provas.
Os ministros Flávio Dino e Luiz Fux, membros da Primeira Turma, ainda não se manifestaram. O julgamento segue até o dia 11 de março no plenário virtual do STF.
De acordo com a denúncia da PGR, baseada em uma investigação da Polícia Federal (PF), os três parlamentares teriam solicitado uma propina de R$ 1,66 milhão em troca de liberar R$ 6,67 milhões para o município, destinados à área da saúde.
Entre as evidências reunidas pela PF, estão conversas nas quais os deputados discutem encontros para cobrar pagamentos de comissões e a organização de agendas com autoridades do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
*Com informações da Agência Brasil e outras agências