Delação aponta que mandante tinha privilégios

Marielle - delação

Brasil – O policial militar reformado Ronnie Lessa, acusado de ser o autor dos disparos contra a vereadora Marielle Franco (Psol-RJ) e o motorista Anderson Gomes, em 2018, no Rio de Janeiro, tem um processo de delação tramitando no Superior Tribunal de Justiça (STJ) desde o ano passado, conforme divulgou o site O Globo.

O fato de se haver uma delação premiada pode indicar que o mandante do crime contra a vereadora e o motorista tem foro privilegiado ou especial, por prerrogativa de função, — direito atribuído a autoridades que ocupam cargos públicos. Ou seja, significa que o titular desse cargo é submetido a investigação, processo e julgamento por órgão judicial previamente designado, o que não ocorre com pessoas no geral.

O acordo com a Polícia Federal (PF) foi divulgado pelo colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, no último domingo (21). Após quase seis anos, a delação de Lessa pode dar um fim ao mistério em torno do mandante da morte de Marielle Franco e do servidor.

No momento, a delação do policial militar reformado no caso Marielle ainda precisa ser homologada pelo STJ.

Delações

No ano passado, a PF havia firmado acordo de delação premiada com o ex-policial militar Élcio de Queiroz, acusado de dirigir o carro usado na noite do crime, que confessou ter dirigido o Cobalt prata e que Ronnie Lessa foi quem fez os disparos contra o veículo onde estavam Marielle e Anderson com uma submetralhadora.

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