Defesa de Bolsonaro pede ao STF revogação de prisão domiciliar e medidas cautelares

Defesa de Bolsonaro pede ao STF revogação de prisão domiciliar e medidas cautelares

Brasília (DF)– A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ingressou na última terça-feira (23) com um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para revogar as medidas cautelares que o mantêm em prisão domiciliar, como o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de usar redes sociais.

O argumento central é que Bolsonaro não foi incluído na denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), e o jornalista Paulo Figueiredo.

O pedido foi feito pelo advogado Paulo Cunha Bueno, um dos responsáveis pela defesa de Bolsonaro no processo da chamada trama golpista.

(Foto: Reprodução)

Em publicação em uma rede social, Cunha Bueno afirmou que “com o oferecimento de denúncia, na qual o Presidente Bolsonaro não foi acusado, esvazia-se a necessidade de quaisquer medidas cautelares”.

A denúncia do procurador-geral da República, Paulo Gonet, acusa Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo de atuarem para impedir a condenação criminal do ex-presidente.

Segundo a PGR, eles estimularam sanções do governo dos Estados Unidos da América (EUA) contra o Brasil e ameaçaram autoridades judiciárias com o objetivo de dificultar o andamento do processo no STF.

Contexto da Condenação

(Foto: Reprodução)

O pedido de revogação das cautelares ocorre em um momento distinto da condenação de Bolsonaro no mérito do processo principal.

No último dia 11 de setembro, a 1ª Turma do STF condenou o ex-presidente e outros réus pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de golpe de Estado e outros, fixando uma pena total de 27 anos e três meses de prisão em regime fechado.

Essa condenação, no entanto, ainda não resultou na prisão definitiva, pois aguarda a análise de recursos pelas instâncias superiores do STF.

A defesa agora sustenta que, como a PGR optou por não denunciar Jair nesse inquérito específico, não haveria mais justificativa para mantê-lo sob medidas restritivas tão severas. Cabe ao ministro Alexandre de Moraes analisar o novo pedido da defesa.

Medidas Cautelares em Vigor

As medidas cautelares contra Bolsonaro foram inicialmente impostas em julho, incluindo:

  • Uso de tornozeleira eletrônica;
  • Recolhimento domiciliar;
  • Proibição de contatar embaixadas e autoridades estrangeiras;
  • Proibição de usar redes sociais, diretamente ou por intermédio de terceiros.

Em 4 de agosto, o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, decretou a prisão domiciliar do ex-presidente após constatar o descumprimento das regras.

Bolsonaro havia participado de manifestações por vídeo e telefone, aparecido em vídeos de aliados mostrando a tornozeleira e mantido contato com outros investigados.

Com informações da Agência Brasil*

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *