Manaus (AM) – As forças de segurança do Amazonas apresentaram nesta terça-feira (11) os resultados da operação realizada para coibir o foguetório promovido por membros da facção criminosa Comando Vermelho em alusão ao aniversário do grupo. Ao todo, 51 criminosos foram presos, sendo 25 na capital e 26 no interior do estado. Além das prisões, quatro adolescentes foram apreendidos.
Durante a coletiva de imprensa realizada na sede da Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM), as autoridades destacaram que a operação resultou na apreensão de quase mil caixas de fogos de artifício, um quilo de skunk, armamento e equipamentos de monitoramento utilizados pelos criminosos para vigiar a ação policial em áreas de tráfico.

O secretário de Segurança Pública enfatizou que a operação, realizada anualmente, tem como objetivo combater o fortalecimento de grupos criminosos na região. “Já estamos no quarto ano consecutivo de operação para impedir esse tipo de ato. No ano passado, foram mais de 100 presos, e este ano chegamos a 51. No entanto, o grande problema é que muitos desses indivíduos acabam sendo soltos em pouco tempo devido às brechas na legislação”, afirmou.
Ele também criticou a falta de medidas mais rigorosas para manter os criminosos presos. “A legislação atual permite que essas pessoas sejam liberadas rapidamente. Enquanto isso, os agentes de segurança continuam arriscando suas vidas para capturar indivíduos que, no dia seguinte, já estão de volta às ruas. Precisamos de leis mais duras para evitar esse círculo vicioso de prende e solta”, pontuou.

A operação contou com a participação da Polícia Militar e da Polícia Civil, que realizaram incursões em diferentes pontos da cidade na noite de segunda-feira (11). Durante a abordagem, foram apreendidas câmeras de segurança instaladas em áreas estratégicas do tráfico de drogas, utilizadas pelos criminosos para monitorar a movimentação policial.
“Fizemos um trabalho incansável para localizar e prender essas pessoas. A sociedade pode confiar que continuaremos combatendo esse tipo de crime, mesmo diante das dificuldades impostas pela legislação”, afirmou um dos comandantes da operação.
As investigações continuam para identificar outros envolvidos na organização e evitar novas manifestações criminosas na cidade. Enquanto isso, a população segue alarmada com a frequente impunidade de indivíduos que desafiam a ordem pública.