Mundo – Um dos principais suspeitos de recrutar brasileiros para o grupo libanês Hezbollah, teve a sua identidade realidade. Mohamad Khir Abdulmajid, sírio naturalizado brasileiro, é o principal alvo da investigação da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol).
Segundo os investigadores, há muitas evidências de que o homem seja um integrante real do grupo Hezbolla. De acordo com as investigações, outros alvos da Trapiche teriam graus diferentes de contato ou até mesmo viajado com ele. A Polícia Federal desconfia de que também tenha captação de brasileiros pelo grupo.
Nesta quarta-feria (8), a Polícia Federal prendeu duas pessoas suspeitas de ligação com o Hezbollah no Brasil. Foram cumpridos 11 mandados de busca em Brasília, São Paulo e Minas Gerais.
Segundo a investigação, os brasileiros envolvidos preparavam atos de terrorismo no Brasil, com o foco principal em prédios da comunidade judaica.
Foram cumpridos 7 mandados de busca e apreensão em Minas Gerais; 3 no Distrito Federal; e 1 em São Paulo de busca e 2 de prisão temporária.
Um dos presos de São Paulo foi detido ao desembarcar de uma viagem ao Líbano. A PF acredita que ele chegou com informações para repassar ao comparsa e praticar os ataques.
O principal intuito da operação batizada como “Trapiche”, segundo a PF, é obter provas de um possível recrutamento de brasileiros para a prática de atos extremistas.
De acordo com a Lei, os recrutadores e os recrutados devem responder pelos crimes de constituir ou integrar organizações terroristas e, também, de realizar atos preparatórios de terrorismo, onde somadas as penas chegam a 15 anos e 6 meses de reclusão.