Doom: The Dark Ages, novo título desenvolvido pela lendária iD Software, finalmente está em nossas mãos, em mais uma aventura sanguinolenta contra hordas de demônios. Para deixar as coisas ainda mais interessantes, a nova investida da franquia coloca o Slayer em uma era medieval, mas com shotguns, metralhadoras, escudo e tudo que há direito pra massacrar aberrações.
O Voxel recebeu um código antecipado de Doom: The Dark Ages no PC da Nvidia e aproveitou a GeForce RTX 5080 Founders Edition que estava por aqui no PC de testes. Como já era de se esperar, a chacina contra os enviados do inferno foi mel na chupeta para essa GPU, mas precisamos conversar sobre algumas coisinhas.
A seguir, confira nossas primeiras impressões e testes com DOOM The Dark Ages no PC!
Que preset é esse?
Desde sua reinvenção com Doom de 2016 e a sequência com Eternal, a franquia nunca foi um super desafio para os computadores. O primeiro game, inclusive, ficou conhecido por rodar bem em máquinas bem simples, com gráficos maneiros para a época e em altas taxas de quadro.
Doom: The Dark Ages continua dando esse gostinho. Embora seja extremamente fácil falar enquanto jogamos com uma RTX 5080, a segunda/terceira GPU mais potente do mercado, esse terceiro título não dá indícios de que vai ser problemático para os gamers de computadores.
Configuração | Mínimo | Recomendado | Ultra 4K |
---|---|---|---|
Resolução/FPS | 1080p / 60FPS / Baixo | 1440p / 60FPS / Alto | 4K / 60FPS / Ultra |
Sistema Operacional | Windows 10/11 64-bit | Windows 10/11 64-bit | Windows 10/11 64-bit |
Processador | Intel Core i7-10700K @ 3,2 GHz ou superior / AMD Ryzen 7 3700X @ 3,2 GHz ou superior | Intel Core i7-12700K @ 3,2 GHz ou superior / AMD Ryzen 7 5700X @ 3,2 GHz ou superior | Intel Core i7-12700K @ 3,2 GHz ou superior / AMD Ryzen 7 5700X @ 3,2 GHz ou superior |
Memória | 16 GB de RAM | 32 GB de RAM | 32 GB de RAM |
Placa de Vídeo | NVIDIA GeForce RTX 2060 SUPER 8 GB ou superior / AMD Radeon RX 6600 8 GB ou superior | NVIDIA GeForce RTX 3080 8 GB ou superior / AMD Radeon RX 6800 8 GB ou superior | NVIDIA GeForce RTX 4080 16 GB ou superior / AMD Radeon RX 7900XT 16 GB ou superior |
Armazenamento | 120 GB de espaço disponível (SSD) | 120 GB de espaço disponível (SSD) | 120 GB de espaço disponível (SSD) |
Nos meus testes preliminares, começando com a parte da imagem e qualidade de vídeo, as coisas são um pouco chatas. The Dark Ages tem seis configurações pré-ajustadas: baixo, médio, alto, ultra, pesadelo, e ultrapesadelo. E, em resumo, elas são incrivelmente parecidas.
O slide acima mostra as diferenças entre as resoluções Ultrapesadelo e Pesadelo, respectivamente. Embora seja uma cena escura, eu só realmente enxerguei diferenças ao colocar ambas lado a lado para encontrar possíveis melhorias, que na qualidade Ultrapesadelo se transformam em detalhes no escudo e uma sujeira mais realista na arma. Basicamente, só.
Agora, quando passamos do Pesadelo para o Ultra… pouca coisa muda também. Inclusive, essa foi uma das trocas menos perceptíveis que senti, e é preciso ter um olho bem afiado para notar mudanças reais. Mas, olhando com atenção, há detalhes na arma que dão um mérito ao Pesadelo, e algumas leves mudanças no fogo, iluminação e fumaça no entorno do castelo.
Dando um pulo para a diferença entre o Alto e o Médio, temos diferenças um pouco mais notáveis. Primeiro, a diferença do Ultra para o Alto é quase nula. Segundo, o Alto tem mais volume que o médio, principalmente no volume da fumaça, a iluminação dinâmica causada pelo fogo e parece ter texturas com um pouco mais de contraste e nitidez.
Por fim, em Baixo vs Alto há algumas diferenças, mas nada que me faria jogar no Baixo. As texturas são muito parecidas, mas os objetos, como cercas e caixas, tem menos contraste e cor por conta da diminuição das sombras, além de menos detalhes em armas, menos fumaça, iluminação simplificada, etc.
Setup de testes
Antes de passarmos para os testes em Doom: The Dark Ages, é hora de conferir o setup utilizado nos benchmarks:
- Processador: AMD Ryzen 9 9950X3D
- Placa de vídeo: Nvidia GeForce RTX 5080 Founders Edition – veja review
- Placa-mãe: AsRock X870E Taichi
- RAM: 32 GB Kingston Renegade (2×16) 6.400 MT/s
- SSD: XPG S70 Blade 1 TB
- Fonte: GIGABYTE P1000GM 1.000W
- Cooler: Corsair iCUE Link Titan 360 RX RGB
- Gabinete: Corsair 5000D

Doom: The Dark Ages roda bem no PC?
Passando pela nossa rodada de benchmarks, Doom: The Dark Ages até me surpreendeu — por uma série de motivos diferentes. O game mostra uma boa otimização nos benchmarks preliminares e não notei stuttering, bugs, crashes, quedas de desempenho aleatórias ou quaisquer outros problemas.
O gráfico abaixo comprova que assim como os presets não são muito interessantes, o grau de desempenho de cada um também não é. Da qualidade Média para Ultrapesadelo perdemos somente 10 FPS de média, algo bem incomum nos títulos AAA extremamente pesados nos últimos meses.
Considerando a pouca diferença do Alto para o Ultrapesadelo, e que Doom é uma franquia extremamente rápida e dinâmica, eu certamente jogaria em qualidade Alta — e tenho certeza que não perceberia as mudanças gráficas envolvidas nessa alteração, que são bem pequenas.
Jogar no médio também não parece nada ruim, e se você quer um gameplay com mais suavidade, mas sem perder o visual pitoresco da franquia, esse pode ser o ponto de partida ideal para máquinas mais modestas.
DLSS e geração de quadros em DOOM The Dark Ages
Para nossa felicidade, Doom: The Dark Ages traz as mais recentes tecnologias presentes no PC. Para quem possui placas da Nvidia, o game vem preparado para funcionar com o DLSS 4 com geração de frames, além de trazer suporte para Path Tracing, com reflexos, sombras e iluminação global mais precisas.
Somente ativando o DLSS em modo equilibrado na qualidade Ultrapesadelo, as coisas ficam bem normais. Contudo, qualquer uma das opções do Multi-Frame Generation tornam a matança desenfreada contra criaturas muito mais divertida e avassaladora.
Para mim, o ponto ideal é configurar a qualidade Alta, com DLSS qualidade ou equilibrado e buscar algo entre o MFG 2x e 3x para ter uma experiência totalmente fluida. Como a taxa de quadros original já é bem alta, o gerador de quadros funciona muito bem e não impacta na latência agressivamente — e convenhamos, Doom é frenético, mas é offline, então não importa tanto.
Conclusão
Doom: The Dark Ages dá todos os sinais de que não será um problema para os jogadores de PC. Claro, com uma GeForce RTX 5080 e um Ryzen 9 é bem fácil escrever isso, mas em épocas que sequer configurações como essa pegam 60 FPS direito em 4K, já é um bom indicativo.
O uso do DLSS e o Gerador de Quadros, em situações em que já há pelo menos 50/60 FPS, dará uma estabilidade bem maior ao game da iD Software, e a presença de um processador mais robusto, com frequências altas, é interessante para quem cogita jogar a altas taxas de quadros.
E aí, curtiu esse conteúdo? Então fica ligado no site do Voxel para mais matérias sobre Doom: The Dark Ages e hardware!