Nesta terça-feira (23), a Cloudflare revelou que bloqueou um novo ataque massivo, batendo um recorde inédito — novamente. A empresa de infraestrutura e segurança na web conseguiu mitigar um ataque do tipo DDoS com pico de 22,2 Tbps (Terabit por segundo), o maior da história até o momento.
É dito que a onda de ataques gerou aproximadamente dez bilhões de pacotes por segundo (Bpps) e durou cerca de 40 segundos. Ataques desse tipo são extremamente poderosos, e um fluxo de informações tão grande assim em um curto período é suficiente para desestabilizar inúmeras redes e servidores, mas felizmente não foi o caso.
Como aponta o site Bleeping Computer, o volume de dados é tão alto que poderia ser comparado com o streaming de um milhão de vídeos na resolução 4K. O número de pacotes também influencia bastante, já que esses dez bilhões de pacotes equivalem a algo em torno de 1,3 atualizações de páginas da web por cada pessoa no planeta.

Setembro bate recorde em ataques
Apesar do bloqueio, setembro não tem sido nada fácil para as medidas de proteção da Cloudflare. No início do mês, a companhia bloqueou o que seria o maior ataque DDoS até ontem, com pico de 11,5 Tbps e realizado por uma técnica de inundação de UDP (Protocolo de Datagrama do Usuário) proveniente do Google Cloud.
- Há alguns meses, a própria Cloudflare tinha bloqueando outro ataque DDoS, considerado o maior já visto, com pico de 7,3 Tbps;
- Esse ataque de 7,3 Tbps foi realizado via tráfego de botnets Mirai, ou seja, um tipo de malware que transita em diversos dispositivos conectados a internet;
- A Cloudflare não revelou detalhes sobre esses incidentes, mas a divisão de pesquisa chinesa da Qi’anxin colocou a culpa em botnets AISURU;
- AISURU é uma poderosa ameaça cibernética capaz de infectar servidores de atualização de firmware e já comprometeu mais de 300 mil dispositivos.
Vale notar que ataques DDoS (Ataque Distribuído de Negação de Serviço) trabalham com o excesso de informações. Os atacantes disparam um número altíssimo de pacotes de dados em um curto período no alvo, como em um servidor, deixando-o sobrecarregado e na maioria das vezes inacessível.
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