Los Angeles – Em uma noite memorável para o cinema brasileiro, o filme “Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles, recebeu a estatueta do Oscar na categoria de Melhor Filme Internacional. A premiação, realizada neste domingo (2), marcou a primeira vitória do Brasil na categoria, consolidando o país como uma potência cinematográfica no cenário global.
O filme, que já havia sido aclamado pela crítica e pelo público, superou concorrentes fortes como o iraniano “A Semente do Fruto Sagrado”, o francês “Emilia Pérez”, a animação letã “Flow” e o dinamarquês “A Garota da Agulha”. A vitória de “Ainda Estou Aqui” representa um marco para o cinema nacional, que já havia sido indicado ao Oscar em outras quatro ocasiões: “O Pagador de Promessas” (1963), “O Quadrilho” (1996), “O Que É Isso, Companheiro?” (1998) e “Central do Brasil” (1999).
A importância de “Ainda Estou Aqui”
Dirigido por Walter Salles, um dos nomes mais respeitados do cinema brasileiro, “Ainda Estou Aqui” é um drama emocionante que aborda temas universais como resiliência, esperança e superação, em meio a um contexto crítico no Brasil. A narrativa conquistou a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas pela profundidade de sua história e pela excelência técnica e artística.
Embora seja o primeiro filme brasileiro a vencer na categoria de Melhor Filme Internacional, não é a primeira vez que um filme falado em português leva a estatueta. Em 1960, “Orfeu Negro”, uma coprodução entre Brasil, França e Itália, rodada no Rio de Janeiro, venceu o Oscar de Melhor Filme Internacional. No entanto, o filme foi inscrito pela França, o que deixou o Brasil à espera de sua primeira vitória própria na categoria.
A vitória de “Ainda Estou Aqui” no Oscar abre novas portas para o cinema brasileiro, reforçando a importância de investir em produções de qualidade e em narrativas que ressoem globalmente. A conquista também serve como um incentivo para que novos talentos surjam e continuem a elevar o nome do Brasil no cenário internacional.