Brasil – Após uma filiação falsa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Partido Liberal (PL), legenda de Jair Bolsonaro, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) anunciou mudanças no sistema de inclusão de pessoas aos partidos políticos e vai lançar em fevereiro uma atualização do Sistema de Filiação Partidária, chamado de “Filia”, com uma dupla autenticação de registro.
O “Filia” vai estar disponível a partir do início de fevereiro, conforme o TSE, com o uso do chamado segundo fator de autenticação, por meio do e-Título. A medida vem logo após, a Corte Eleitoral identificar uma filiação de Lula ao PL e abrir sindicância na Polícia Federal para investigar o caso.
Segundo a falsa filiação de Lula ao PL, o político assinou a ficha partidária em julho do ano passado. No entanto, para fazer a mudança partidária é necessário ter uma senha especial, um cadastro na Justiça Eleitoral e a senha utilizada para esta ação foi da advogada Ana Daniela Leite e Aguiar, do PL. Porém, a Corte Eleitoral ainda não sabe informar se foi a própria advogada que fez a filiação de Lula ou se terceiros usaram sua senha.
A suposta falsidade ideológica acabou antecipando os planos do TSE. A Corte já tinha a previsão de atualizar o sistema, mas decidiu lançá-lo antes, já em fevereiro. A mudança no sistema já começa a ser feita a partir deste sábado (13) e deve ficar disponível no início de fevereiro.
Biometria
A partir de fevereiro todas as pessoas que operam o Filia com uso de senha passarão a utilizar também o e-Titulo para confirmar o acesso ao sistema. Para isso, esses usuários precisarão estar com a biometria cadastrada na Justiça Eleitoral.