Manaus (AM) – O Partido Liberal (PL) expulsou dos quadros de filiados na noite desta quarta-feira (23), o coronel Alfredo Menezes, apoiador fiel do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A decisão foi assinada por João Augusto Ramos, vice-presidente do partido, e divulgada nesta noite. Coronel Menezes teria infligido o estatuto do partido ao chamar o deputado federal capitão Alberto Neto de “Judas”, durante uma live em uma rede social, após o parlamentar votar contra a reforma tributária.
Coronel Menezes se pronunciou nas redes sociais e disse que a decisão já era esperada e que não lhe causou surpresa.
Menezes afirmou que vai recorrer da decisão do partido, o qual classificou como “esdrúxula, absurda, descontextualizada e permeada por uma vontade pessoal do parlamentar”.
Relembre o caso:
O ex-candidato ao Senado, Coronel Menezes (PL) realizou uma transmissão online, nessa terça-feira (11), chamando o colega de partido e também deputado federal, Capitão Alberto Neto, de “Judas e duas caras”. Na live, Menezes explica ter sido vítima de fake news e que ia esclarecer os fatos e disparou contra o deputado.
“Já o nosso amigo (referindo-se ao deputado federal Alberto Neto) não só traiu a bancada, mas também o Governo, o Amazonas e os colegas. A bancada estava unida e depois apareceu o ‘Judas’”, declarou Menezes.
Menezes também alfinetou o colega de partido ao dizer que nas redes sociais o parlamentar age de um jeito e nos bastidores de outra forma. Ainda na live, Menezes afirma que Alberto Neto não cumpre com os acordos firmados anteriormente.
“Político tem que ter palavra, mas não cumpriu o acordo feito lá em 2022. O que diferencia os homens dos moleques é quando faz um acordo e mantêm a palavra, mas quando não as cumprem. Têm pessoas que têm duas caras. Nos bastidores são amiguinhos dessa política, nas mídias sociais não cumprem acordos e mentem”, comentou.
Por outro lado, ao Portal Tucumã, Alberto Neto respondeu aos questionamentos da equipe de reportagem com um print do ex-presidente Jair Bolsonaro sobre como deveria votar o PL na Reforma Tributária, no caso afirmando que os deputados deveriam ser contrários.
Logo, Alberto Neto deixou um questionamento: “Diante do exposto eu volto a pergunta: quem é o traidor?”, respondeu o deputado.
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