Manaus (AM) – O mercado de trabalho do Amazonas apresentou melhora no primeiro trimestre de 2025, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua Mensal), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (27). O número de pessoas ocupadas no estado chegou a 1.843 mil, mantendo a tendência de estabilidade e leve crescimento comparando com o primeiro trimestre de 2023, que foi de 1.741 mil.
Entre os trabalhadores do setor privado, 720 mil pessoas estavam empregadas, número que permanece acima do patamar registrado no início de 2023, apesar de oscilações ao longo do ano passado.
Um destaque positivo é o aumento de empregos formais. O total de pessoas empregadas com carteira assinada chegou a 482 mil, consolidando crescimento gradual desde 2023, que foi de 442. Este resultado aponta para uma recuperação consistente do mercado formal, que voltou a ultrapassar a marca de 440 mil trabalhadores em 2025, aproximando-se do melhor nível da série recente.
Especialistas apontam que a combinação de retomada do consumo, investimentos na indústria e estabilidade no comércio impulsionaram o crescimento do emprego formal no estado. A expectativa é que os próximos trimestres apresentem novos avanços, especialmente com a chegada do segundo semestre, período que tradicionalmente aquece a economia local devido ao ciclo de produção industrial voltado às vendas de fim de ano.

Os dados também refletem maior confiança de empresas em contratações com carteira assinada, após um período marcado por informalidade durante a pandemia.
Trabalho informal
Os dados mais recentes do IBGE mostram que o nível de ocupação no Amazonas chegou a 54,1% no primeiro trimestre de 2025. Isso significa que pouco mais da metade da população em idade ativa está trabalhando, mantendo estabilidade em relação aos trimestres anteriores.
Entre as pessoas ocupadas, 928 mil estão em trabalhos informais, número que representa quase o dobro dos empregos formais no estado e confirma a informalidade como principal característica do mercado de trabalho amazonense. O dado inclui trabalhadores sem carteira assinada, conta própria sem CNPJ e outras formas de ocupação sem direitos garantidos.
No setor público, 287 mil pessoas estão empregadas, indicando leve redução em relação ao pico registrado no final de 2024, mas ainda acima dos números do início de 2023. O crescimento nesse segmento foi impulsionado por concursos e contratações temporárias em áreas como saúde e educação.

No Brasil
A taxa de desocupação para o trimestre de março a maio de 2025 no país foi de 6,2%, uma redução de 0,6 p.p. em relação ao trimestre de dezembro de 2024 a fevereiro de 2025 (6,8%) e queda de 1,0 ponto percentual (p.p.) frente ao mesmo trimestre do ano anterior (7,1%). Já o contingente de trabalhadores com carteira assinada no setor privado atingiu patamar recorde (39,8 milhões), registrando estabilidade (0,5%) em relação ao trimestre anterior e crescendo 3,7% ante igual trimestre do ano passado.
Outro destaque, foi a quantidade de desalentados, com fortes quedas, de 10,6% comparada ao trimestre encerrado em abril, e de 13,1% ante o mesmo período de 2024.
A taxa composta de subutilização da força de trabalho (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada) ficou em 14,9%, caindo 0,8 p.p. na comparação com o trimestre anterior (15,7%). Frente ao mesmo trimestre de 2024 também houve queda, de 1,9